
As vitaminas atuam inicialmente como reguladoras das funções metabólicas e muitas delas, como as do complexo B, exercem papel fundamental no metabolismo energético para o desempenho físico.
Teoricamente, o exercício ocasiona mudanças no caminho metabólico nos quais os micronutrientes são utilizados; promove diferentes adaptações bioquímicas nos músculos, exigindo, desse modo, maiores quantidades desses micronutrientes.

Vitaminas no Exercício
O texto aborda as funções, a importância, as deficiências e os excessos das vitaminas no organismo de praticantes de atividade física. Discute a necessidade de suplementação vitamínica, e sugere alternativas para aumentar o consumo desses nutrientes.
Os conhecimentos expostos são retirados do livro "Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. 2 Ed. 2010", cujas autores são Simone Biesek, Letícia Azen Alves, Isabela Guerra e outros.
Além disso, pode haver aumento do turnover e das perdas desses nutrientes pelo corpo. Assim, atletas podem necessitar de maiores quantidades de vitaminas e minerais para manutenção e recuperação da massa corporal magra. (1)
Até o momento, poucos estudos verificaram a necessidade do uso de doses mais elevadas de vitaminas do que o recomendado para indivíduos não treinados. Esse assunto ainda merece ser mais explorado, pois muitos fatores podem influenciar nos resultados das pesquisas que vêm sendo realizadas.
Alguns estudos têm demonstrado que a deficiência em vitaminas pode prejudicar o desempenho atlético, porém o uso de suplementos vitamínicos em indivíduos com dieta balanceada contendo quantidades suficientes de vitaminas e minerais para indivíduos não atletas tem demonstrado efeitos adicionais em termos de melhora no desempenho.
Os produtos mais consumidos em nosso meio são a vitamina C, com a propaganda de que recupera o cansaço físico, e os complexos vitamínicos que visam recuperar a energia do organismo.
Sabe-se ainda que atletas têm o hábito de fazer uso de dose de vitaminas 50 a 100 vezes maiores que as recomendações, entretanto os malefícios e ou benefícios no organismo ainda não são totalmente conhecidos.
Entretanto, a Associação Americana e Canadense de Dietética e o Colégio Americano de Medicina Esportiva acreditam que as recomendações dietéticas de referência (RDIs) podem cobrir as necessidades aumentadas dos atletas.


Sugerem que apenas alguns indivíduos com risco aumentado de desenvolver deficiências nutricionais, como atletas que realizam práticas não recomendadas de perda de peso ou indivíduos que retiram um ou mais grupos alimentares, podem precisar de suplementação de vitaminas e minerais. Essas organizações também desencorajam o uso isolado de micronutrientes, sem a clara avaliação médica e nutricional.
Apesar dessa considerações, no momento atual observamos um crescente abuso no consumo de suplementos de vitaminas e minerais, isolados ou combinados, devendo esse fato ser avaliado, pois, como vimos, não só as deficiências em vitaminas podem interferir no exercício físico, mas o consumo excessivo pode apresentar relação negativa com a saúde e com a queda na performance desses atletas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. American College of Sports Medicine, American Dietetic Association and
Dietitians of Canada. Nutrition and athletic performance. Medicine and
Science in Sports and Exercise 2000; 32(12): 2130-45.
2. Biesek S, Alves LA, Guerra I, et al. Estratégias de Nutrição e
Suplementação no Esporte. 2 Ed. Barueri, SP: Manole, 2010. 516p.

