Os indivíduos com problemas relacionados ao excesso de peso também vivenciam outros problemas de saúde, como o estresse psicológico.
O estresse psicológico é conhecido por estar relacionado com o aumento do massa corporal. Além disso o estresse psicológico também contribui para ganho de peso [1, 2, 3].
Foi proposto que a flexibilidade psicológica é um dos requisitos fundamentais para a saúde psicológica [4].
Flexibilidade psicológica é caracterizada como uma pessoa que: se adapta a situações incoerentes, reconfigura recursos mentais, modifica pontos de vista, e equilibra a competição entre desejos e necessidades.
Por exemplo, as intervenções que incluem componentes de flexibilidade psicológica demonstraram benefícios significantes quando comparado com condições controladas em medidas de depressão e ansiedade [5].
Adicionalmente, Há evidências sugerindo que menor flexibilidade psicológica e estresse psicológico aumentam o risco de instabilidade do estado emocional da mente e hábitos alimentares prejudiciais [6].
Estes resultados, além de outros, indicam que melhorias na flexibilidade psicológica são, sem dúvida, benéficas para indivíduos que sofrem de obesidade e / ou stress.
Um número cada vez maior de estudos indicam que a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é concebivelmente eficaz para uma ampla gama de transtornos psicológicos e de saúde, como dor crônica, tabagismo, diabetes, epilepsia e estresse relacionado ao trabalho [7, 8].
O objetivo geral do presente estudo foi investigar o efeito de três intervenções psicológicas de baixa intensidade para os fatores de risco da síndrome metabólica, flexibilidade psicológica e bem-estar geral entre os indivíduos obesos vivenciando estresse.
A eficácia e a aplicabilidade das diferentes intervenções no estilo de vida para melhorar o bem-estar: o desenho do estudo para um ensaio clínico randomizado para pessoas com fatores de risco da síndrome metabólica e sofrimento psicológico.
O objetivo foi estudar (a) os efeitos da intervenção da Terapia Cognitiva Comportamental baseado na internet com mínimo contato, incluindo uma abordagem de avaliação de saúde e métodos de treinamento (Internet), (b) os efeitos da intervenção com smartphones contendo conscientização, aceitação e exercícios baseados em valores (Mobile), e (c) os efeitos da intervenção cara a cara em grupo usando conscientização, aceitação e abordagens baseadas em valores, em um estudo controlado, onde o grupo controle não recebeu nenhum tratamento, mas as mesmas medidas foram concluídas para todos os grupos.
Intervenções baseadas na internet
A intervenção com base na Internet (Tabela 1) consistia de
um programa de 12 semanas sem nenhum contato cara a
cara. A intervenção combinada com avaliação de recursos
psicológicos e comportamentos relacionados com a saúde
para fornecer aos usuários uma visão abrangente de sua
saúde e situação de vida e a forma de melhorar. Com o
apoio da avaliação, os usuários poderiam escolher entre
o treinamento de programas para melhorar as habilidades
positivas de vida e de mudar comportamentos relacionados com a saúde.
Programas de treinamento para controle de peso, melhoria do sono, exercício, controle de consumo do álcool, e cessação do tabagismo foram baseadas em práticas cognitivo-comportamentais nas mudanças de estilo de vida [9, 10, 11, 12]. Os programas de teste e treinamento para o bem-estar mental foram desenvolvidos ao longo dos contornos descritos por vários autores [13, 14, 15] mostrando que os programas de treinamento cognitivo-comportamental para desenvolver otimismo, gratidão e outras habilidades de vida são eficazes nos exercícios de escrita tradicional e programas de treinamento baseados na internet.
Intervenção com aparelhos móveis.
Os participantes da intervenção com aparelhos móveis foram convidado, em uma reunião do grupo, que consistiu de um breve panorama dos princípios da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). No encontro, os participantes receberam aparelhos Smartphones que foram pré-instalados com software de treinamento de bem-estar mental chamado Oiva.
Eles foram instruídos a usar o aplicativo Oiva para as próximas 8 semana. A aplicação continha exercícios de curta duração que ensinavam habilidades da TAC baseadas em programas de intervenção parecido com o grupo cara a cara.
Intervenção no grupo face a face
A intervenção em grupo face-a-face com base em TAC consistiu de seis sessões de grupo durante o período de 8 semanas de tempo, com cada sessão de duração de cerca de 90 minutos (ver Tabela 3). Cada grupo consistia de 6 a 12 participantes e foram instruídos por um psicólogo. Três psicólogos atuaram como treinadores. Todos eles foram treinados em abordagem TAC, e tinham experiência em intervenções do tipo TAC, além disso seguiam um manual do programa.
Os participantes receberam um livro que continha uma breve descrição das sessões, exercícios, reflexões individuais e notas.
O programa de intervenção objetivava apoiar as mudanças no estilo de vida e melhorar o bem-estar através do comprometimento de ações concretas com base nos valores pessoais importantes - as instruções mais importantes na vida. O programa começou com uma análise da situação da própria vida e reflexões sobre os valores e as coisas importantes na vida. Depois dos esclarecimentos dos valores, os participantes fizeram planos concretos de ação e definiram os seus próprios objetivos.
A ênfase foi colocada sobre pequenas e possíveis ações que levam a vida melhorar de acordo com os valores escolhidos pessoalmente. Para atingir as metas estabelecidas, os participantes foram ensinados habilidades de aceitação e conscientização e novas formas para lidar com as barreiras de ação.
A finalidade de ensinar habilidades de aceitação e conscientização era aumentar a capacidade de tornar-se consciente de seus próprios pensamentos, emoções e os padrões de comportamento instintivo. Ao perceber estes estilos de pensamento instintivos ou rotinas, e pela produção de maior flexibilidade psicológica, era esperado que os participantes teriam melhores habilidades para mudar conscientemente o seu comportamentos na vida cotidiana.
